sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Gênio Melancólico de Nick Drake


Há 33 anos anos atrás, mais precisamente no dia 25 de novembro de 1974, Nick Drake foi encontrado morto em sua cama, aos 26 anos. Suicídio por overdose de Amitriptilina, um comum anti-depressivo. Não havia nenhuma nota de despedida ao lado do seu corpo.

Chegara ao fim, uma vida de uma figura solitária, introspectiva e extremamente tímida. Como artista foi praticamente ignorado em seu tempo, lançou apenas 3 álbuns em vida e postumamente foi lançada uma compilação com algumas faixas inéditas:

  • Five Leaves Left (1969) - Excelente disco de estréia. Arranjos orquestrados e complexos em uma mistura de folk com música clássica. Mesmo com a pouquíssima idade (21 anos) Drake já demonstrava ser um grande poeta ("Fruit Tree" comprova isso). Um clima triste e bucólico acompanham as hoje clássicas "River Man", "Way To Blue", "Time Has Told Me" , "Cello Song" e "Saturday Sun".
  • Bryter Layter (1970) - Bem mais alegre que a estréia, "Bryter Layter" era ainda mais detalhado que o primeiro disco. Introduzindo instrumentos de sopro às melodias, Drake antecipava em quase 30 anos aquilo que o Belle & Sebastian viria a fazer no fim da década de 90. "Northern Sky" é, muito provavelmente, uma das mais belas e apaixonadas canções de amor já composta em língua inglesa, destacam-se ainda nesse álbum canções como "One of These Things First" , "Fly" e "Hazey Jane I"
  • Pink Moon (1972) - Já tomado pela depressão que o levaria à morte pouco tempo depois, Nick Drake radicalizou e gravou o disco sozinho, em apenas dois dias. Fazendo apenas voz e violão, com um piano tímido na faixa que dá título ao disco. "Place To Be" demonstrava bem o espírito atormentado de Drake, destaca-se ainda nesse último álbum da sua curtíssima carreira as seguintes canções como a belíssima "Which Will" , "Things Behind The Sun", a clássica "Pink Moon" e "From The Morning".
  • Time of No Reply (1986) - É uma compilação póstuma que contém alguns outtakes inéditos que acabaram ficando de fora da versão final dos três discos lançados em vida. São 14 faixas, 10 delas inéditas. Brilham as inéditas "Clothes of Sand" e a orquestrada "I Was Made To Love Magic" que caberia perfeitamente em "Five Leaves Left". Despidas de produção e amparadas apenas na beleza do violão, "Man In Shed", "Mayfair" e "Fly" (está última resgatada de um sessão caseira em 1969) surgem tão belas quanto as versões originais. Outro ponto alto é a delicada versão de "The Thoughts Of Mary Jane".

Você leitor(a) desse blog, está diante de uma pequena sinopse de um dos maiores e mais influentes músicos do últimos 50 anos. Ouví-lo, às vezes pode até ser desconfortável. A depender do seu estado emocional pode lhe fazer bem ou até mal. Porém é algo que ninguém deveria passar sem conhecer. A sua pequena, mas expressiva obra é repleta de emoções, sua música transpira sentimento, dilacera e paralisa.

Acabo essa postagem com uma música que em mais de uma oportunidade, me fez marejar os olhos, uma sensação de aperto no peito, como na presença diante de algo mágico e magnético. Uma canção de amor que se chama Nothern Sky, o vídeo abaixo, foi extraído de um documentário sobre a vida e obra de Nick Drake chamado A Skin Too Few : The Days of Nick Drake (2000).

Eis aqui, o maior artista do qual nunca se ouviu falar.



Nick Drake - Nothern Sky


I never felt magic crazy as this
I never saw moons knew the meaning of the sea
I never held emotion in the palm of my hand
Or felt sweet breezes in the top of a tree
But now you're here
Brighten my northern sky.

I've been a long time that I'm waiting
Been a long that I'm blown
I've been a long time that I've wandered
Through the people I have known
Oh, if you would and you could
Straighten my new mind's eye.

Would you love me for my money
Would you love me for my head
Would you love me through the winter
Would you love me 'til I'm dead
Oh, if you would and you could
Come blow your horn on high.

I never felt magic crazy as this
I never saw moons knew the meaning of the sea
I never held emotion in the palm of my hand
Or felt sweet breezes in the top of a tree
But now you're here
Brighten my northern sky.




terça-feira, 20 de novembro de 2007

Stallman and Me

Stallman and Me


Na última sexta-feira, dia 16 de novembro, tive a oportunidade de assistir uma palestra de Richard Stallman, idealizador do Software Livre, do projeto GNU, da Free Software Foundation e Homem Santo. Definitivamente umas das pessoas que entrarão para o seleto grupo de personagens maiores do que a sua própria vida.

A ele, os livros de história guardarão lugar de destaque nos eventos que forjarão o século XXI, ter a chance de observá-lo rir de si mesmo, conversar e principalmente tirar um foto ao lado da lenda viva. É algo de que nunca me esquecerei.

Valeu Stallman!

Happy Hacking!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Jarabe de Palo - La Flaca


Jarabe de Palo - La Flaca

En la vida conocí mujer igual a la Flaca,
coral negro de La Habana, tremendísima mulata.
Cien libras de piel y hueso, cuarenta kilos de Salsa,
en la cara dos soles que sin palabras hablan.

La Flaca duerme de día, dice que así el hambre engaña,
cuando cae la noche, baja a bailar a la Tasca.
Y bailar y bailar, y tomar y tomar,
una cerveza tras otra pero ella nunca engorda.

(coro)
Por un beso de la Flaca daría lo que fuera,
por un beso de ella, aunque solo uno fuera.

Mojé mis sábanas blancas, como dice la canción,
recordando la caricias que me brindó el primer día.
Enloquezco de ganas de dormir a su ladito
porque Dios! que esta Flaca a mi me tiene loquito.

(coro)

Música do álbum La Flaca (1996)