terça-feira, 29 de janeiro de 2008

The Good, The Bad and U2

Parido Pirata

Fiquei preocupado ao saber o que anda pensando o Sr. Paul McGuinness, manager do U2, sobre o compartilhamento de arquivos na internet.

E que fique bem claro. Com o aparente consentimento da própria banda. Visto que o comunicado de autoria de McGuinness, encontra-se no sítio oficial do U2.

Ele diz dentre outras coisas, que governos do todo o mundo enforcem o novo estilão francês, que prevê o desligamento do serviço de internet dos usuários que incorrem no compartilhamento de arquivos de áudio e vídeo não autorizados.

Ainda criticou abertamente o Radiohead, pela tentativa de comercializar o seu mais recente álbum In Rainbows no sistema pague-o-que-você-puder atráves de seu sitio na internet. E como se isso ainda não bastasse atacou a Apple, Google e Yahoo de lucrarem bilhões em cima de um modelo de negócio pirata.

Estou preocupado. Aqueles que me conhecessem pessoalmente sabem do carinho que tenho pelo U2. Uns dos primeiros discos que eu comprei em minha vida foi o Joshua Tree de 1987 - diga-se de passagem - no bom e velho vinil; que infelizmente o tempo e as horas de uso se encarregaram de hoje fazê-lo existir apenas nas minhas saudosas memórias de dias mais felizes.

Tinha vários discos de vinil da banda, devidamente comprados, todos perdidos pelo uso e tempo. Mas segundo o entendimento da indústria fonográfica, nem mesmo as faixas inclusas nesses álbuns perdidos eu posso possuir no meu HDD.

Além do absurdo dessa situação, alguns detalhes mais sombrios continuam sem resposta para mim. A música evoluiu por milhares de anos até chegar nessa forma atual. Várias pessoas contribuíram através do tempo para alcançarmos o grau de sofisticação atual.

NADA, NINGUÉM consegue criar do ZERO. Principalmente em se tratando de música. Estamos falando de um modelo de música com direitos autorais estabelecido no século passado baseado em descobertas e avanços feito pela humanidade - não creditados - por milênios.

Simplesmente, o que estão a procura é a sobrevivência do modelo de música-negócio atual levado a frente pela RIAA e alguns músicos que julgam serem os legítimos donos de toda essa herança musical e o do que ainda há de ser produzido.

Estou pra lá de convencido, e isso já faz alguns anos. De que o conhecimento é livre. E a música é das formas de Arte, uma das mais apaixonantes. E a Arte é a expressão livre do espírito humano.

Não sei quanto a você leitor(a) desse blog, mas não consigo visualizar o fim da expressão musical como alguns preconizam. Esta bem claro entretanto, que o modelo música-negócio atual está com os dias contados.

Por último, espero que o U2 se distancie BEM disso, por que essa é uma batalha perdida há muito tempo. Tenho receio que a banda trilhe o mesmo caminho que o Metallica fez no início dessa década na época da explosão do compartilhamento de arquivos mp3. Leia-se, Napster.

No qual a banda atacou com veemência todos os usuários do programa, esbofeteando a face da sua base de fãs, que passaram a ignorar a banda desde então.

Ou sera que alguém aqui - num piscar de olhos - saberia me dizer o nome do último disco do Metallica?

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