Hoje a revista
Fortune publicou um
artigo no qual dois funcionários de alto escalão da empresa afirmam que o GNU/Linux viola 235 patentes da empresa e que a mesma vai passar a cobrar
royalties das companhias e usuários pelo uso do
GNU/Linux.
A lista:
- Linux kernel - 42 violações
- Linux graphical user interfaces - 65 violações
- OpenOffice - 45 violações
- Email apps - 15 violações
"Estranhamente" a M$ não entrou em maiores detalhes sobre quais seriam essas supostas violações, nada além dessa idéia bem vaga.
E nem entrará!
A jogada da M$ é outra, é levar
FUD ao mercado de empresas que usam já em grande escala o GNU/Linux e a comunidade
FLOSS, tentando reter o avanço do
GNU/LInux. A falácia segue com a informação de que não haveria a disposição de processar ninguém, a intenção, segundo a empresa, é chamar à mesa de negociações aqueles que usufruem de sua propriedade intelectual sem a devida autorização.
A tentativa da M$ é caracterizar o movimento de
Software Livre como uma atividade ilegal. Levando os usuários e profissionais da área mais desavisados a voltar a "asa protetora" da empresa.
A Micro$oft tem formado uma base de acusações de quebra de patente contra o GNU/Linux e softwares de código aberto há algum tempo. Porém sem mostrar maiores detalhes específicos do que exatamente esta sendo violado. O mundo do software livre está sob
bullying, não é somente o sistema operacional
GNU/Linux que está sob ataque e sim todo o movimento de software livre, pois a lista das violações incluem programas como OpenOffice.
A empresa assinou recentemente um acordo com a
Novell que indenizaria a companhia contra as acusações da Micro$oft envolvendo Linux. Razão pela qual eu decidi me afastar de todos os aplicativos gerenciados pela
Novell (openSUSE Linux) e migrar para o
Ubuntu Linux.
Em termos práticos, a M$ está numa situação complicada, caso ela realmente decida levar a frente um processo legal, além de precisar processar empresas com as quais elas já tem atualmente negócios bem lucrativos, ela teria que em última instância ter que processar pessoas como eu, que usam
GNU/Linux e
FLOSS software, medida que certamente trará mais má publicidade para a empresa do que outra coisa, como aconteceu no caso da
RIAA contra os
usuários de
p2p que baixavam músicas em seu computador, ainda haveria o fato de que será eventualmente necessário que a M$ prove a "violação" de suas patentes mostrando o seu código "violado" abrindo o seu portfólio de patentes em corte e isso acabaria por se tornar público, acreditem, é algo que a empresa não tem nenhum interesse em fazer.
Considerem essa analogia.
Imagine se você estivesse dirigindo um carro e a polícia lhe parasse dizendo que você violou 235 leis de trânsito e lhe exigisse o pagamento sem lhe oferecer maiores detalhes de quais são essas violações e como elas ocorreram? Aposto que você gostaria de saber quais seriam essas violações, não? Pois é exatamente isso que a M$ está fazendo, numa tentativa de colocar a comunidade
FLOSS contra a parede e principalmente empresas que ainda não migrem pra o
GNU/Linux.Que tal?
Felizmente os profissionais da área estão ficando cada vez mais atentos às manobras da M$, seus métodos de eliminar a competição são já conhecidos e ela não se importa de estabelecer novos marcos negativos.
Extorsão!
A comunidade do
Software Livre já está há algum tempo pedindo para que a M$ mostre aonde estão essas violações de patente como vocês podem conferir nesse site
aqui.
Todo esse cenário desenvolve mais ainda a idéia de que a M$ se vê vulnerável, mais do que ninguém eles sabem que o
Windows Vista não é um grande produto, com um alto custo de aquisição do sistema operacional assim como do hardware necessário para rodá-lo.
Eles também sabem dos avanços que o
GNU/Linux tem feito na área do Desktop, se tornando cada vez mais amigável ao usuário final
. Hoje REALMENTE existe uma alternativa ao Window$, o GNU/Linux é uma realidade e está aí a prova!